classe.TECH 06 – Fórmula 1 e a tecnologia na vida das pessoas e nas escolas
27 de abril de 2020classe.TECH 07 – F1 das pistas para as escolas
4 de maio de 2020F1 in Schools, um projeto que vem das mais velozes pistas para as escolas.
Embora as corridas automotivas tenham começado ainda no final do século XIX, a Fórmula 1 como uma categoria independente teve sua primeira prova oficial somente em 1950. Foi no dia 13 de Maio que aconteceu a corrida inaugural no Circuito de Silverstone no Reino Unido. E desde então, observa-se avanços tecnológicos constantes a cada nova temporada, muito disso capitaneados pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) que é a organizadora oficial das provas, e quem estabelece as regras dos campeonatos.
Brasileiros na Fórmula 1
Já foram 31 pilotos que representaram o Brasil em alguma prova oficial de Fórmula 1, sendo o primeiro deles Chico Landi que pilotou na categoria entre os anos de 1951 e 1956, marcando 1,5 pontos. Enquanto o último representante foi Felipe Nasr que pilotou pela Sauber nas temperadas de 2015-16.
Brasileiros com Títulos Mundiais
Dentre os pilotos que já correram em alguma prova oficial da Fórmula 1, temos 3 que se destacam pelos seus títulos mundiais. Emerson Fittipaldi que nas 11 temporadas disputadas conquistou 35 pódios e marcou 281 pontos e 2 títulos mundiais, em 1972 e 1974. Outro lendário piloto Brasileiro é Nelson Piquet, que durante suas 14 temporadas passou por 5 equipes, conquistou 60 pódios e 481,5 pontos. Seus 3 títulos mundiais foram conquistados em 1981, 1983 e 1987.
Ayrton Senna “do Brasil”
Nesta relação não poderia faltar Ayrton Senna “do Brasil”, inegavelmente maior piloto de todos os tempos da Fórmula 1, pelo menos para os Brasileiros. Senna competiu na categoria durante 11 temporadas, disputando 161 Grande Prêmios, largando 65 vezes na Pole Positions, conquistando 41 vitórias e 610 pontos. Os títulos mundiais foram em 1988, 1990 e 1991.
Infelizmente a carreira deste grande piloto foi inesperadamente interrompida no dia 1º de Maio de 1994. Logo nas primeiras voltas do Grande Prêmio de San Marino, em Ímola – Itália, seu carro não conseguiu vencer a curva Tamburello devido a quebra na barra de direção, ocasionando assim um violento choque contra o muro a mais de 200km/h. Como resultado, esse acidente vitimou nosso maior piloto de todos os tempos.
Nesta semana em que lembra-se do 26º aniversário da perda deste magnífico ser humano, vamos destacar o quanto a Fórmula 1 tem ajudado no desenvolvimento de novas tecnologias. Bem como, mais recentemente, no desenvolvimento de competências tecnológicas em estudantes de 9 a 19 anos em todo o mundo por meio da Fórmula 1 School.
+ Leia também: Tecnologia Espacial
Novas Tecnologias
Afinal, na categoria “1 segundo” pode ser decisivo inclusive para a conquista de um título mundial. E além disso, a segurança dos seus pilotos é fundamental. Assim, o desenvolvimento tecnológico é a base para atingir estes propósitos.
E quando se refere em tecnologia na Fórmula 1, muitos leitores talvez não se deem conta de quanto elas já estão presentes em nossas vidas. Não só nas pistas e nas corridas que assistimos nos domingos pela manhã, mas também em todos os carros que hoje circulam nas ruas das cidades, além da aplicação também em outras áreas. Vejamos alguns exemplos:
- Motores
- Volantes Multifuncionais
- Troca de Marchas “borboleta”
- Transmissão automatizada
- Melhoria nos sistema de freios
- Chassis
- Aerodinâmica
- Lubrificantes
- Combustíveis
- Pneus
- Eletrônica
- Novos materiais mais leves e mais resistentes
- Desenvolvimento de sensores
- Kers (Kinetic Energy Recovery System.)
- e muito mais….
Segurança
Analogamente a segurança tanto dos carros quanto dos pilotos e da equipe do Box, também estão presentes no radar dos desenvolvimentos. Ao mesmo tempo que novos materiais são criados, observa-se uma preocupação constante na melhoria da célula de sobrevivência do carro. Além disso, roupas antichamas e capacetes mais resistentes são outros exemplos.
Por conseqüência estes novos produtos gradativamente acabam chegando para a sociedade em geral. Em um primeiro momento como itens exclusivos e de alto valor agregado. Em seguida com o aumento da oferta versus a demanda, tornam-se muito mais acessíveis e por vezes acabam sendo incorporados até mesmo em carros populares.
F1 in School – Fórmula 1 nas Escolas
Sem dúvida são muitas as influências positivas oriundas desta categoria de corrida automobilística, tanto no quesito segurança quanto performance. E mais recentemente nas últimas duas décadas, também tem estimulado o aprendizado de milhares de jovens em todo o planeta. Assim como na categoria oficial, na competição escolar as escuderias precisam também vencer as provas. Todavia, precisam ainda respeitar os regulamentos e estão sujeitos a diversas penalidades caso não o façam.
Estima-se que esta competição mundial já envolva estudantes de mais de 17.000 escolas em pelo menos 51 nações.
F1 in School – como funciona
Jovens entre 9 e 19 anos das escolas de Educação Fundamental e Ensino Médio são desafiados a competir com seus carros em uma pista miniatura. Aqui também um segundo conta muito, pois os carros podem atingir até 80 km/h em menos de 1 segundo.
Os alunos precisam montar uma escuderia de 3 a 6 pessoas, projetar seu carro utilizando os diversos recursos tecnológicos disponíveis, modelar, testar seu protótipo e por fim, competir.
Modelagem e impressão 3D são apenas algumas das etapas neste grande desafio. Antes de mais nada, precisam elaborar um plano de negócios, buscar patrocínio para cobrir suas despesas na competição, tais como uniformes, transporte e alimentação. Além disso, manter o equilíbrio psicológico e a integração de todo time mesmo sob o efeito de pressão extrema pela vitória.
O desenvolvimento dos carros segue a metodologia STEM, que de uma forma multidisciplinar envolve conceitos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Em alguns momentos a sigla muda para STEAM, onde o “A” corresponde a artes. A metodologia STEM/STEAM busca proporcionar a aprendizagem integrada, onde os educandos podem vivenciar na prática a inter-relação entre todos os conteúdos e disciplinas. Assim sendo, o que antes se estudava de forma “hermética” agora passa a fazer parte de um todo.
F1 in Schools Carros
Os carros são confeccionados segundo o regulamento da competição, seguindo critérios de peso, materiais e segurança, entre outros. O não cumprimento de algum item pode acarretar em perda de pontos, os quais poderão fazer falta na classificação final. Pois não é só chegar em primeiro que conta. Tem ainda o desenvolvimento de plano de marketing e comunicação, patrocínio, etc.
Os carros são impulsionados por meio de um cilindro de CO2, e podem chegar a uma velocidade de até 80 km/h em menos de 1 segundo sobre uma pista reta de 20 metros.
+ Leia mais: Movimento Maker: faça você mesmo
F1 in Schools Participação Brasileira
O Brasil tem obtido excelentes resultados nas suas últimas participações, especialmente quando o assunto é o desenvolvimento de competências nos alunos participantes. Dentre todas as escolas participantes na etapa nacional, uma rede que se destaca é a SESI Escolas presente em todos os estados Brasileiros.
Em 2020 a etapa mundial estava prevista para ocorrer em Setembro em Singapura. Porém, em virtude da Covid19 agora está aguardando a confirmação de uma nova data. E para nossa alegria, a equipe que irá representar o brasil é a Spark do SESI SENAI de Criciúma. Vamos estar todos torcendo pelo Brasil e também pelos nossos alunos aqui do Sul de Santa Catarina.
Quem quiser conhecer mais sobre a trajetória desta desta galera super empenhada, visite o perfil deles no instagram e visite o site deles:
https://www.instagram.com/spark_f1/
Aprender Fazendo com o F1 in School
Agora mais do que nunca, entre as competências necessárias para o novo profissional do presentes / futuro, a criatividade, engajamento e resolução de problemas complexos, dentre outros, estarão ainda mais em alta.
E uma das formas para desenvolvê-las, sem dúvida é o aprender fazendo, “ver sentido” e aplicação prática nos conteúdos estudados em matemática, física, química, etc. O F1 in Schools é apenas um dos muitos exemplos. Da mesma forma, há muitas outras maneiras de envolver os alunos de forma lúdica, mas com muito resultado prático.
Escolas de Ensino Fundamental e Médio que tem o conceito do Movimento Maker em sua essência já partem na frente para encarar este novo mundo. Mas também há excelentes opções de formação no contra turno que também se dedicam a desenvolver estas e outras competências para o profissional do futuro. Um exemplo, são as aulas de robótica, mídias e comunicação.
Enfim, se você já concluiu seu Ensino Básico e está em dúvidas qual caminho seguir, um excelente caminho é começar pela formação em Cursos Técnicos de nível médio. Além de serem muito mais rápidos e acessíveis, quando comparados com cursos de graduação, também fornecem uma base prática muito forte. Como consequência, a empregabilidade aumenta significativamente mesmo durante o curso.
Para refletir
Em suma, seja em escolas de educação básica, cursos técnicos, graduação ou mesmo em cursos rápidos, o importante mais do que nunca é se manter como um apreendedor ativo. O mundo está mudando novamente. Por isso, esteja preparado. Mantenha-se em constante preparação.
F1 in School, que seja tão influente quando
Uma vez que nesta semana que completa-se 26 anos da perda do nosso Imortal Ayrton Senna, escrever sobre a influência da Fórmula 1 no aprendizado dos nossos jovens é apenas uma singela homenagem a este homem que tantas gerações influenciou. E que a F1 in School, também influencie muitas outras gerações.
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F1 in Schools STEM Challenge – por F1 in Schools
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