Estudar de Casa, quais as vantagens?
9 de setembro de 2020O desafio das aulas online
16 de setembro de 2020A sala de aula invertida é mais uma das metodologias disponíveis para apoiar o ensino híbrido.
Como já abordamos em semanas anteriores, o retorno das aulas presenciais está cada vez mais próximo e provavelmente virá com restrições de ocupação dos espaços físicos. Como alternativa, já se fala em muitos fóruns da possibilidade de rodízio de alunos. E como fazer para que não haja ainda mais prejuízos aos estudantes? É ai que entra o ensino híbrido e sala de aula invertida.
São muitas as ferramentas disponíveis mas também muitas são as dúvidas:
- Como fazer?
- E se os alunos não dispõem de internet?
- Como os pais poderão apoiar?
- entre outras tantas
+ Leia Mais: Ensino híbrido para retomada
Sala de aula invertida
Sala de aula invertida ( flipped classroom em inglês) é um modelo de ensino que coloca o aluno como protagonista. Introduzindo-o aos temas e conteúdos antes das aulas presenciais de fato acontecerem. Em síntese, é uma inversão no processo de ensino e aprendizagem que instiga o estudante a buscar e apresentar o conhecimento aprendido mesmo sem a presença de um professor. Ele passa do papel passivo de absorvedor para construtor de conhecimento, sendo exigido dele mais responsabilidade e cumprimento de metas. O docente por sua vez, ganha uma função de mediador em sala e menos de detentor de conhecimento.
Considerando o cenário eminente de retorno com aulas híbridas, esta metodologia ativa de ensino pode ser uma grande aliada dos docentes e das escolas. Ainda mais, se considerarmos o uso da tecnologia e também de aplicativos educacionais. Os aplicativos para trabalho off-line devem ser usados e abusados. Mas devemos acima tudo lembrar que eles são apenas o meio, e não o fim. Nenhum aplicativo deve ser mais valorizado do que o objetivo final que é a aprendizagem do próprio aluno.
Como utilizar uma sala de aula invertida
Antes de mais nada, já está claro que muita coisa mudou nestes últimos 7 meses em que estamos mergulhados na pandemia e isolamento social. Ninguém esperava que fosse acontecer e muito menos estiva completamente pronto para esse momento. E mesmo assim, de uma forma ou outra, todos estão se reinventando e conseguindo superar relativamente bem.
O mesmo deve ser esperado ao implementar uma sala de aula invertida. É muito provável que no início exigirá um esforço hercúleo dos docentes e também escolas. É certo ainda, que no decorrer desta implementação muitos irão errar e aprender com os próprios erros, mas ao final depois de persistirem todos sairão mais fortes. Desta forma, não devemos temer experimentar.
O professor precisará organizar seu plano de aula para que possa aproveitar o máximo os momentos presenciais para tirar dúvidas, interação entre alunos – alunos – docente, discussões e outras atividades que promovam o crescimento do aluno enquanto indivíduo. Já para os momentos à distância, deverá conduzir o aluno para que ele mesmo busque a leitura e o aprendizado do que antes era repassado em sala de aula. Esse certamente será “o” maior desafio: O engajamento dos alunos. Portanto, esse planejamento de atividades exigirá muito do professor e toda equipe pedagógica.
- O que estudar em casa?
- Como orientar os alunos e suas famílias?
- De que forma estimular os alunos a serem protagonistas?
- Como fazer com que os discentes cumpram metas e sejam responsáveis pelo estudo quando estão a dois cliques da TV?
Para responder essas e outras inquietações, voltaremos a abordar a aplicação da sala de aula invertida. Quais suas principais vantagens e também dicas de como implementá-las.
Até a próxima semana.
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Texto originalmente publicado no Portal Notisul www.notisul.com.br