Indiscutivelmente o ano de 2020 está sendo atípico. Se por um lado tivemos avanços inimagináveis no que tange a adoção maciça de tecnologia por parte da sociedade, estamos tendo perdas irreparáveis em outas áreas.

Perdemos a noção de tempo e espaço. Março parece que foi ontem, mas já estamos em Novembro. Páscoa, feriados, aniversários,  e outras datas festivas foram comemoradas parcialmente e sem a presença de toda família. E ao que tudo indica, as festas de final de ano deverão seguir o mesmo curso.

Mesmo com todos os anúncios de uma segunda onda da Pandemia começando a assolar novamente a Europa, muitas famílias ainda tem a esperança de poder fazer uma grande festa no Natal. Infelizmente o que os números indicam, é o contrário. Possivelmente mais restrições deverão vir até lá.

Não só as datas comemorativas e encontros familiares foram prejudicados. A Educação também foi uma outra área diretamente impactada.

Estudo online em 2020

Embora muitas escolas rapidamente conseguiram se adaptar e digitalizar as aulas (um primeiro passo), a maioria absoluta até o momento ainda não conseguiu fazê-lo. Segundo dados do IBGE, em setembro de 2020 mais de 6,4 milhões de estudantes não tiveram acesso a atividades escolares.

E vejam que não estamos falando de acesso a aulas online, e sim de acesso a conteúdos. Ou seja, nem aulas, nem estudos. A pior situação foi na região Norte, onde mais de 33% dos alunos ficaram desassistidos. Já a menor taxa foi no Sul com apenas 4,8% dos estudantes sem acesso a atividades escolares.

2020 Ano de eleição

Infelizmente a maior parte das escolas afetadas são das redes públicas municipais, estaduais e até algumas federais. Não estou afirmando que o que as particulares fizeram foi o melhor, mas pelo menos alguma coisa foi feita.

E considerando que as maiores dificuldades estão nas redes municipais, o que podemos esperar para 2021? Caso a pandemia se prolongue até lá?

E por que esperar? Em menos de 15 dias teremos o 1º turno das eleições municipais nos 5.570 municípios Brasileiros. Então este é o momento de protagonismo do eleitor. Entre tantos candidatos a prefeitos e vereadores, quais já fizeram alguma coisa? E quais são as propostas para a educação?

Mas cuidado. Avalie acima de tudo se o que está sendo prometido é realmente factível. Melhor fazer o “básico” e bem feito, do que prometer revolucionar o mundo, mas só no papel.

Ainda dá tempo. Avalie. Compare. Escolha conscientemente.