Histórico da metalurgia
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6 de junho de 2023No Brasil e no mundo são utilizadas diferentes normas para a nomenclatura dos aços comerciais. Ou seja, aqueles aços cujas composições e métodos de obtenção são padrões e por consequência, resultam em propriedades mecânicas dentro de um intervalo estabelecido em norma internacional.
É importante destacar aqui, que muitas aciarias (fundições) tem suas próprias codificações para esses aços, ou mesmo para outras ligas especiais que são de sua fabricação exclusiva.
Dentro destas normas internacionais, destacam-se algumas que fazem parte do cotidiano das metalúrgicas e aciarias brasileiras. Sejam elas com abrangência internacional ou mesmo regional. As normas SAE, a DIN (alemã), a JIS (japonesa), AFNOR (francesa), e claro, a ABNT (brasileira).
ABNT (AISI-SAE)
No Brasil a nomenclatura padrão dos aços é baseada na norma ABNT NM 87 (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A qual tem suas equivalências nas normas SAE J403 (Society of Automotive Engineers International) e AISI (American Iron and Steel Institute).
Nesta norma a classificação é baseada na composição química do aço, conde a numeração de 4 ou 5 dígitos corresponde a esta composição.
No Brasil a nomenclatura padrão dos aços é baseada na norma ABNT NM 87 (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A qual tem suas equivalências nas normas SAE J403 e J404 (Society of Automotive Engineers International) e AISI (American Iron and Steel Institute).
Nesta norma a classificação é baseada na composição química do aço, conde a numeração de 4 ou 5 dígitos corresponde a esta composição.
ABXX ou ABXXX
Onde os dois primeiros dígitos (AB) correspondem a identificação dos elementos de liga. E os dois dígitos seguintes (XX), correspondem ao valor centesimal de carbono (C) na liga. Ou quando este percentual de Carbono (C) ultrapassa o valor de 1,00%, passa a ser representado com três dígitos (XXX).
Codificação de elementos de liga (AB)
10xx – Aços-carbono de uso geral
11xx – Aços de fácil usinagem, com enxofre
12xx – Aços-carbono com faixas elevadas de enxofre e fósforo
13xx – Manganês (1,75%)
15xx – Manganês (1,00%)
23xx – Níquel (3,50%)
25xx – Níquel (5,00%)
31xx – Níquel (1,25%), cromo (0,65%)
33xx – Níquel (3,50%), cromo (1,55%)
40xx – Molibdênio (0,25%)
41xx – Cromo (0,50 ou 0,95%), molibdênio (0,12 ou 0,20%)
43xx – Níquel (1,80%), cromo (0,50 ou 0,80%), molibdênio (0,25%)
44xx – Molibdênio (0,53%)
46xx – Níquel (1,55 ou 1,80%), molibdênio (0,20 ou 0,25%)
47xx – Níquel (1,05%), cromo (0,45%), molibdênio (0,25%)
48xx – Níquel (3,50%), molibdênio (0,25%)
50xx – Cromo (0,28% ou 0,40%)
51xx – Cromo (0,80, 0,90, 0,95, 1,00 ou 1,05%)
61xx – Cromo (0,80 ou 0,95%), vanádio (0,10 ou 0,15%)
86xx – Níquel (0,55%), cromo (0,50 ou 0,65%), molibdênio (0,20%)
87xx – Níquel (0,55%), cromo (0,50%), molibdênio (0,25%)
92xx – Manganês (0,85%), silício (2,00%)
93xx – Níquel (3,25%), cromo (1,20%), molibdênio (0,12%)
94xx – Manganês (1,00%), níquel (0,45%), cromo (0,40%), molibdênio (0,12%)
97xx – Níquel (0,55%), cromo (0,17%), molibdênio (0,20%)
98xx – Níquel (1,00%), cromo (0,80%), molibdênio (0,25%
Percentual de Carbono (C) (xx)
Já os últimos dois ou três dígitos, correspondem ao valor centesimal de carbono.
Por exemplo, um aço SAE 1045, é um aço-carbono de uso geral com 0,45% de Carbono. Pois 45 / 100 = 0,45.