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Há muitos anos vivemos uma “era tecnológica” em que os gadgets que facilitam nossas comunicações e afazeres do dia a dia estão presentes tanto nos nossos bolsos quanto em nossas casas. Um exemplo é que ao toque de poucos botões, ou até mesmo um pedido verbal para nossa “assistente virtual”, podemos ter em poucos minutos na porta das nossas casas um entregador de comida ou um transporte nos esperando.
Realidade esta capaz de impressionar até os mais entusiastas do século passado e tornar obsoletos filmes considerados vanguardistas do final dos anos 1960, como os clássicos “2001 – Uma Odisseia no Espaço” de Stanley Kubrick lançado em 1968 (compre o livro neste link: https://amzn.to/34ySIbK) e a série mundialmente famosa “Jornada nas Estrelas” (Star Trek), em que o capitão Kirk e sua tripulação viajam explorando novos mundos a bordo da USS Enterprise, criada por Gene Roddenberry e lançada em 1966 (veja livros e filmes disponíveis clicando aqui): . Em ambos os casos a tecnologia estava presente em tudo, desde um “abrir automático das portas” até um computador capaz de falar com as pessoas.
Porém, se por um lado ganhamos praticidade e resultados mais rápidos, por outro, o preço disso é perda da nossa privacidade, pois como escrevi no texto “O que “eles” sabem sobre nós? Tudo” de 21/03/2019 (veja aqui), deixamos nossos rastros digitais a cada segundo, e estas informações uma vez coletadas e analisadas são utilizadas para tentar influenciar (manipular) desde os nossos hábitos de consumo e até mesmo a nossa preferência política, só para citar alguns exemplos.
Não bastasse já saberem quase tudo sobre nós, embora algumas pessoas ingenuamente ainda acreditam permanecerem anônimas, o prenunciado por George Orwell em sua obra clássica “1984” está se tornando cada vez mais real, que é o controle e também a manipulação das grandes massas (compre o livro neste link: https://amzn.to/38R5iqj) . No livro o controle era feito utilizando as chamadas “tele telas” dentre outras formas, e a manipulação por meio retóricas e “reescrita” das notícias passadas. Qualquer semelhança com o que vivemos hoje com as mídias sociais e mensageiros instantâneos disseminando Fake News, e coletando nossa localização e opiniões instantaneamente é mera coincidência. Será?
Acontece que quando acreditamos já estarmos num nível máximo de patrulhamento, a tecnologia vem e nos surpreende uma vez mais, e a combinação entre ciência modera e países autoritários são capazes de criar novas formas de vigilância, como o que está ocorrendo neste momento na China.
O país asiático baixou recentemente uma nova regulação que passa a exigir que todos usuários de telefonia móvel registrem sua biometria facial quando comprarem um novo SIM card (chip de telefone celular) além da apresentação dos documentos pessoais. Este registro se dá por meio de fotos e pequenos vídeos de vários ângulos da face do comprador, seja ele um nativo ou um turista.
Associando estas informações biométricas com a presença cada vez mais frequente de câmeras de reconhecimento facial em ambientes públicos, se torna praticamente impossível alguém cometer algum delito e sair impune, tanto que a taxa de criminalidade nas ruas é divulgada como sendo uma das mais baixas do mundo, comparável a países como a Suíça. Claro, assim como podem inibir crimes também podem “conter” protestos e até mesmo liberdade de expressão, pois da mesma forma não conseguirão permanecerem anônimas.
E você o que prefere: Segurança ou Privacidade? Deixe sua opinião aqui na seção de comentários, pois “ainda” vivemos num país de livre expressão.
Dica Cultural:
Documentário Privacidade Hackeada (The Great Hack ) disponível no NETFLIX