Apolo 11 – 50 Anos
18 de julho de 2019Tecnologia Espacial
25 de julho de 2019O físico teórico Albert Einstein publicou em 1905 a Teoria da Relatividade Restrita e em 1915 a teoria da Relatividade Geral, a qual veio se confirmando pouco a pouco durante os anos seguintes. As comprovações vieram tão tardiamente e de forma tão sutil que o próprio físico por vezes chegou a acreditar que suas teorias não estavam corretas. Porém, para o bem da humanidade mais uma prova infalível foi obtida no início deste ano com a publicação da primeira foto real de um Buraco Negro no centro da galáxia M87 (distante a 55 milhões de anos luz da terra), comprovando assim a teoria da Relatividade Geral. Entre várias relações, elas buscam explicar que o tempo e o espaço são relativos dependendo do ponto de vista dos observadores, ou seja, o tempo vai passar “diferente” para dois interlocutores que viajam em velocidades diferente entre si.
Embora não seja a teria da relatividade nos influenciando, tenho certeza que você deve estar “sentindo” o tempo passar cada vez mais rápido, e isso não deixa de ser uma verdade “relativa”. O que acontece é que a presença da tecnologia e suas “facilidades” nos deixam cada vez mais conectados e dependentes do SmartPhone e seus milhares de aplicativos, das nossas TVs com programações quase infinitas, e tantos outros afazeres que antes não existiam antes.
Dentre todos, há pelo menos 3 grupos de APPs que estão presentes em nossos celulares e com os quais interagimos centenas, alguns usuários até milhares de vezes por dia, que são: Os mensageiros instantâneos; mídias sociais e; notícias. Nos sistemas operacionais mais recentes, tanto no iPhone quanto nos aparelhos Androids, é possível obter um relatório de uso, e saber desde o tempo que passamos em cada aplicativo até o quanto cada um consome de bateria.
Segundo o Fórum Econômico Mundial, no intervalo de apenas 1 minuto, quase 60 milhões de mensagens são trocadas (somente no WhatsApp, Facebook Messenger e SMS), mais de 188 milhões de e-mails enviados, quase 88 mil novos twitters são publicados, praticamente 350 mil scrolling são feitos no instagram, mais de 4,5 milhões de vídeos são assistidos no youtube, isso só para comentar alguns números, e não podemos esquecer que temos ainda dezenas de outros mensageiros instantâneos e plataformas de mídias sociais.
Agora imaginem que você tenha apenas alguns destes aplicativos instalados e que todos estejam com as notificações habilitadas, assim, sempre que alguém postar um novo conteúdo, curtir uma foto, marcar uma publicação, ou lhe enviar uma mensagem, irá aparecer uma notificação na tela do seu celular e talvez até mesmo emitir algum som. Isso irá lhe chamar a atenção e desviar o foco da sua atividade principal.
Some-se ainda, o número de aparelhos de TVs disponíveis nas casas e seus canais a cabo ou assinatura por streaming que a tornam com programação “praticamente infinita”.
Assim, o que estamos vivendo hoje não é um “tempo mais acelerado” em relação a 10, talvez 20 anos atrás, e sim, estamos vivendo um período em que as atividades exigidas de nós, sejam elas nos ambientes físicos “reais” ou nas interações “virtuais”, têm aumentado exponencialmente, ou seja, hoje estamos fazendo muito mais “coisas extras” durante o período de um dia do que no passado, e assim, temos a nítida impressão de que o tempo está “passando mais rápido”.
Repense seus hábitos! Será que você realmente precisa interagir tanto assim em todas aquelas mídias sociais? De um pouco de tempo para você mesmo!
Saiba Mais
Publicado originalmente na Ed. 9 da Revista Única de Tubarão – SC em JUN/JUL19.