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Em uma galáxia muito, muito distante (mas não tão distante assim) há algumas pessoas se consideram verdadeiros “Nerds”. Sabem tudo sobre as produções, desde curiosidades e dados estatísticos, passando pelos nomes dos diretores, atores, personagens e em alguns casos, até dominam o “alfabeto” ou “idioma” especialmente criados para uma ou mais produções sejam elas literárias ou cinematográficas. De outro lado, onde eu me incluo, existem os fãs que simplesmente gostam de uma produção e da mesma forma esperam pelos novos lançamentos. Assim também ocorre com a saga Star Wars, o qual milhões de pessoas aguardam ansiosamente o próximo filme: “Star Wars: Episódio IX – A Ascensão Skywalker” que estreia mundialmente nas telonas neste dia 19 de dezembro de 2019, 42 anos depois do lançamento do primeiro episódio “Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança”, que ocorreu em 1977.
Para os fãs, sejam eles nerds ou não, não é necessária nenhuma explicação do porque é fascinante toda narrativa que envolve viagens espaciais, Jedis, democracia, república, império, rebeliões e a luta pelo poder das galáxias. Já para os que não gostam, não adianta nem tentar, pois certamente irão dizer que é “tudo muito chato” e que tudo aquilo não existe, é só “fantasia”.
Porém, gostando ou não, o fato é que George Lucas, o criador da saga Star Wars, revolucionou a forma de fazer cinema e efeitos especiais no final dos anos 1970, e deste modo hoje podemos assistir grandes obras graças a este visionário produtor. Porém, para chegar neste ponto, Lucas teve que lutar contra grandes forças que iam desde os sindicatos de Hollywood até o poder econômico dos grandes estúdios, os quais já haviam imposto algumas mudanças significativas no roteiro final de outros filmes anteriormente gravados pelo cineasta.
As dificuldades começaram ao tentar emplacar o roteiro, pois os estúdios viam a proposta como inovadora demais para a época além de parecer um filme para crianças, e por este motivo acabou recebendo algumas negativas até que a 20th Century Fox decidisse apoiar o projeto, mas não sem antes cortar em mais da metade o orçamento desejado. Por outro lado, por ser um filme que nascia “desacreditado”, Lucas conseguiu negociar um acordo que mudaria completamente o destino da Lucasfilm Ltd. e suas futuras produções (sua produtora), pois conseguiu em troca de alguns consentimentos, garantir um percentual do lucro do filme, bem como o direito sobre todo o merchandising dos produtos alusivos aos personagens que pudessem a ser comercializados e de futuras continuações que fossem produzidas.
As gravações também impuseram dificuldades à altura do desafio, pois além de ter que criar um cenário que se propunha a representar um futuro tecnológico decaído, em que as forças do “mal” avançavam sobre o “bem”, também precisou criar tecnologias e técnicas que até então não existiam, e para isso chegou a fundar seu próprio estúdio de efeitos especiais, para assim, poder gravar as cenas das viagens pelo hiperespaço à velocidade da luz, além das batalhas galácticas entre os caças do império e da república até a destruição da “estrela da morte” com um “tiro certeiro” disparado por Luke Skywalker, bem como os personagens incomuns que aparecem em todos os episódios. Neste ponto é importante destacar que todos os efeitos especiais foram feitos manualmente, e em muitos casos até mesmo utilizando pessoas de verdade “vestindo” os personagens, como no caso do anão Kenny Baker que atuava dentro do droid R2-D2.
Após meses de gravação, muita pressão por parte dos executivos da FOX para encerrar o projeto mesmo inacabado pois já havia um atraso de quase um ano em relação a data prevista originalmente para seu lançamento, e após consumir algo em trono de U 100 milhões corrigidos para hoje), “Star Wars: Episódio IV – Uma nova esperança” estreou em 25 de maio de 1977 em menos de 40 salas em todos os Estados Unidos, pois nem mesmo os exibidores acreditavam no filme.
Contrariando todas as expectativas, o resultado foi que em apenas 5 semanas de exibição o longa metragem recuperou todo o investimento, projetou seus atores até então pouco conhecidos (como o próprio Harrison Ford), bem como deu respaldo para George Lucas atingir sua meta que era se tornar um produtor independente, além de receber 10 indicações para o Oscar, das quais levou 6 estatuetas, e até hoje está entre as listas com maior bilheteria da história. Além é claro, dando para a 20th Century Fox lucros anuais numa proporção até então nunca vividos.
Como registrei nos primeiros parágrafos, eu sou apenas um fã, não um especialista na franquia Star Wars, por este motivo não me propus aqui fazer uma análise dos episódios e da saga como um todo, e muito menos apontar quais são os “melhores” ou “piores” episódios, quis apenas registrar concomitantemente ao lançamento do Episódio IX, o quanto importante ela foi e ainda é para toda a produção cinematográfica criada desde então.
Para aqueles que ainda são céticos em relação a este resultado, podemos registrar que Indiana Jones (que está indo para o 5º filme) só existiu graças a independência financeira e liberdade de criação conquistadas por Lucas. Bem como Pixar Animation Studios, que hoje pertence a Disney e já produziu animações incríveis, nasceu como uma subsidiária da Lucasfilm ltd. Desde 2012 a franquia Star Wars pertence a Disney, quando foi comprada por U$ 4 bilhões, e já foi responsável por 11 filmes, dezenas de livros e vários desenhos animados, e certamente muito mais virá nos próximos anos.
Haveriam ainda muitos outros pontos relevantes a serem explorados se aborda George Lucas, Lucasfilme ltd. e a saga Star Wars, mas com estes poucos parágrafos acima espero ter criando um pouco de curiosidade em você leitor, para que pesquise mais sobre o assunto. Pois uma coisa é certa, você pode até não gostar da estória e seus personagens, mas é impossível negar o quanto George Lucas e Star Wars mudaram para melhor a forma de fazer filmes, animações e efeitos especiais.
Para quem quiser conhecer um pouco mais sobre a vida de George Lucas, pode conferir em diversos documentários disponíveis no youtube, bem como em bibliografias como “George Lucas: Uma vida” por Brian Jay Jones (disponível em: https://amzn.to/2PXTYzZ), “George Lucas: A Biography (Text Only Edition) (English Edition)” por John Baxter (disponível em: https://amzn.to/2PBcU8w) dentre muitas outras obras publicadas clicando aqui.
Documentário Império de Sonhos – A História da Trilogia Star Wars
Confira a seguir a sequência de filmes e séries até então lançadas:
Filmes
Star Wars: Episódio IV – Uma nova esperança (1977)
Star Wars: Episódio V – O Império Contra-Ataca (1980)
Star Wars: Episódio VI – O Retorno de Jedi (1983)
Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma (1999)
Star Wars: Episódio II – Ataque dos Clones (2002)
Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith (2005)
Star Wars: Episódio VII – O Despertar da Força (2015)
Star Wars: Episódio VIII – Os Últimos Jedi (2017)
Rogue One: Uma História Star Wars (2016)
Solo: Uma História Star Wars (2018)
Star Wars: Episódio IX – The Rise of Skywalker (2019)
Série Animada de Televisão
The Star Wars Holiday Special (1978)
Caravan of Courage: An Ewok Adventure (1984, filme pra TV)
Ewoks: The Battle for Endor (1985, filme pra TV)
Star Wars: Droids (1985-86)
Star Wars: Ewoks (1985-87)
Clone Wars (2003-05)
The Clone Wars (2008-14)
Star Wars Rebels (2014-18)
Star Wars Resistance (2018- presente)
“Que a força esteja com você” !