Museus e a Educação
27 de setembro de 2018O que Esperar e Cobrar
11 de outubro de 2018
No próximo domingo dia 7 de Outubro milhões de Brasileiros irão às urnas para escolher seus representantes. Sem entrar no mérito partidário ou de ideologia política, pois cada um de nós temos nossas preferências e dificilmente mudaremos de uma hora para outra, e é certo que alguns irão votar em candidatos da esquerda, outros de centro e ainda muitos outros em partidos da direita. Não há nada de errado nisso, desde que esta opção seja genuinamente nossa e em função do que acreditamos, e não porque, “fulano” mandou votar nesse ou naquele candidato.
Vocês devem estar se perguntando, mas afinal o que uma coluna de Educação e Tecnologia tem a ver com política? Na verdade, tem tudo a ver, pois serão estes candidatos de hoje, se eleitos amanhã, que conduzirão as discussões dos temas mais importantes para a sociedade brasileira, como os rumos da Educação, os rumos da ciência, e até mesmo da abertura ou não do mercado para novas tecnologias que afetarão nossas vidas.
E aqui nem estamos falando da eleição para os cargos majoritários como presidente e governador, mas sim dos nossos futuros Deputados Estaduais e Federais, e Senadores.
Para se ter uma ideia, hoje são centenas de projetos voltados à educação que tramitam no Congresso Federal para propor mudanças do ensino fundamental ao ensino médio, os quais abordam desde a forma de financiamento até mudanças nos currículos, sem contar aqueles outros “sem pé nem cabeça”.
Neste contexto, há uma crença que o Presidente da República possuí poder suficiente para aprovar uma nova lei utilizando um “canetaço”, inclusive as que impactam diretamente na educação de nossos jovens. Porém, isto é uma “meia verdade”, pois o presidente pode sim emitir uma Medida Provisória (MP) que entrará em vigor imediatamente após sua publicação, contudo, se no prazo estipulado pela Constituição Federal a mesma não for apreciada pelo Congresso Federal, trancará a pauta deste, e se mesmo assim não for aprovada e convertida em lei, perderá seu efeito. Ou seja, por mais que o Presidente queira e tente, somente com a aprovação do Congresso uma nova lei entrará em vigor, seja do interesse de quem for.
Isto mostra o quanto relevante é o papel dos nossos congressistas. Infelizmente a maioria dos eleitores ainda não parou para refletir em quem irá votar para o poder legislativo estadual e federal. E o que é pior, muitos de nós iremos votar em “qualquer um” e já na segunda feira seguinte teremos esquecido em quem confiamos nosso voto.
Por isso, trago a reflexão de que nós é que estamos no Poder ao fazer uso do nosso direito constitucional que é o voto. Assim, o convite é para que nestes últimos dias antes da votação procuremos saber um pouco mais sobre nossos candidatos, e para isso, algumas ferramentas tecnológicas podem nos apoiar.
Lembre-se, o verdadeiro poder está no Congresso Federal, pois além de aprovar leis, podem inclusive tirar presidentes do poder, como já presenciamos alguns casos nos últimos anos.
Para concluir, um pensamento atribuído a Platão: “Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam”.
Conhece seu candidato?
Com o advento e popularização da internet, ficou muito mais fácil acompanhar o dia-a-dia dos nossos representantes, e também conhecer como o mesmo é avaliado segundo alguns critérios.
Um dos portais mais completos no momento é o Ranking dos Políticos, http://www.politicos.org.br/ a partir do qual é possível visualizar os Deputados Federais e Senadores mais bem avaliados num ranking nacional, e também os piores avaliados, tudo isso filtrando diretamente por estado. É possível ainda, saber qual é a sua pontuação nos critérios de: presença nas sessões, uso de privilégios, processos judiciais, qualidade legislativa (votos) entre outros. Além de saber como votou em cada situação, quantas leis de sua autoria foram aprovadas e em quantas foi revisor.
Outra fonte de informação, ou de desinformação, são as mídias sociais como o facebook, youtube e instagram. Nelas você pode conhecer mais sobre seus candidatos segundo eles mesmos ou segundo o ponto de vista de seus apoiadores. Mas tomem cuidado, pois é muito fácil manipular tanto positivamente quanto negativamente a imagem de uma pessoa. Uma mesma informação pode ser escrita de diferentes formas a ponto de transformar o mesmo individuo em um “super homem” ou em um vilão. Cuidado com as “Fake News”.
Existe ainda o website da Câmara e do Senado: www.camara.gov.br e www.senado.gov.br, que são fontes oficiais e confiáveis de informações da atividade legislativa, a partir dos quais é possível ter ciência da ordem do dia em cada casa, matérias que estão sendo votadas, dentre muitas outras informações, além de certamente a mais importante, acompanhar como o seu representante está trabalhando em Brasília.
Procure saber como seu candidato votou nas últimas leis que discutiram o Novo Ensino Médio, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), entre outros projetos que impactam na educação de nossos filhos.
Por fim, a eleição não acaba em outubro, devemos continuar a acompanhar e cobrar nossos eleitos durante os próximos 4 anos.
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