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28 de março de 2021Em março de 2020, praticamente todo o planeta parou por conta da pandemia. Conforme a UNICEF, em alguns momentos, estima-se que alguns bilhões de estudante ficaram sem acesso às suas escolas de forma presencial. E em muitos casos nem presencial e nem remotamente. Isso porque, como já trazido aqui nesta coluna em diversos momentos, muitos não dispõem de acesso à internet. Percepção essa confirmada pela UNDIME em sua pesquisa. Mesmo assim, segundo a entidade, mais de 70% das redes municipais conseguiram finalizar o ano letivo de 2020.
Nestes últimos 12 meses, de uma forma ou outra, praticamente todos os setores retornaram às suas atividades normais. Contudo, a educação ficou entre os poucos setores que mantiveram-se restritos por mais tempo.
Quando o assunto são as aulas presenciais e sua segurança sanitária, ainda não há consenso entre todos os envolvidos. Enquanto muitos países europeus buscam manter as escolas abertas, mesmo que precisem fechar outros setores, no Brasil não é bem assim. Todavia, bem ou mal, a maioria das escolas brasileiras voltaram com suas aulas presenciais em 2021. Entretanto, em muitos casos foi necessário adotar um sistema de rodízio de alunos ou até mesmo, sistema de aulas híbridas.
>> Definido: Aulas híbridas em 2021 <<
2020, como foi segundo a UNDIME
A UNDIME (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) divulgou há poucos dias um relatório de como foi o ano de 2020 nas redes municipais de educação. Entre os dias 29/01 a 21/02, 3.672 redes municipais responderam a sua pesquisa. Número que corresponde a 2/3 dos estudantes matriculados nas redes municipais de todo país.
Fonte: http://undime.org.br/uploads/documentos/phpb9nCNP_6048f0cf083f8.pdf
Em cerca de 70% dos municípios respondentes o ano letivo foi concluído em dezembro de 2020. Contudo, para quase 92% destes, o calendário foi cumprido com apenas atividades não presenciais. Ou seja, em somente em 8,1% dos casos houve a utilização de ensino híbrido. E mesmo assim, quando avaliado as estratégias utilizadas, observa-se que a maioria absoluta foi com material impresso, whatsApp, e aulas gravadas.
Fonte: http://undime.org.br/uploads/documentos/phpb9nCNP_6048f0cf083f8.pdf
E mesmo assim, estima-se que durante 2020 mais de 5,5 milhões de estudantes em todo Brasil tiveram acesso limitado, ou mesmo não tiveram nenhum acesso, às as atividades escolares.
Aprendemos a lição?
Além de todos os desafios impostos pela pandemia, a falta de acesso à internet foi de longe o maior deles para a educação. Pois, conforme a pesquisa, 78,6% das redes apontaram dificuldade dos estudantes acessarem à internet.
Um ano depois, como estão as escolas hoje? Avançaram na sua digitalização? E as famílias, será que mesmo em meia a uma das maiores crises recentes, conseguiram adquirir computadores e fazer assinaturas de acesso banda larga? São questões que infelizmente já sabemos a resposta. Na maioria dos casos o avanço não foi suficiente.
Esses são apenas um pequeno recorte dos números apresentados. Quem tiver interesse em conhecer mais, deixo os links a seguir:
Relatório Final: http://undime.org.br/uploads/documentos/phpb9nCNP_6048f0cf083f8.pdf
Texto publicado originalmente no Portal Notisul em www.notisul.com.br
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