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5 de novembro de 2021Já está entrou em operação mais uma inovação no sistema bancário Brasileiro. O Open Banking. Ou em tradução direta, Banco Aberto. Mas você sabe o que isso significa e como este novo “sistema” irá impactar diretamente na relação entre bancos e seus clientes atuais e futuros?
Open Banking
O sistema financeiro aberto, ou Open Banking, nada mais é do que a possibilidade de compartilhar dados sobre produtos pessoais e histórico bancário entre instituições financeiras. Esse compartilhamento passa a ser possível graças a integração de plataformas e infraestruturas das mesas, além de outras empresas de serviços financeiros como as fintechs. Já são mais de 500 empresas participantes https://openbankingbrasil.org.br/quem-participa/?cookie=true.
Ou em outras palavras, o cliente passa a ser o “dono” do seu histórico bancário. E se assim desejar, poderá compartilhá-lo com outros bancos pelo tempo e finalidade específica. Entre as informações possíveis de compartilhamento, estão os dados do cadastro, da conta corrente, cartão e operações de crédito. Quanto ao tempo de autorização de uso dos seus dados, esse prazo pode ser de 6 meses a 1 ano, prorrogável se for necessário, e também cancelável a qualquer tempo.
E o que se ganha com o Open Banking?
Poder compartilhar seu histórico positivo de crédito com outra instituição financeira parece legal, não é? Mas o que se ganha efetivamente com isso?
Para responder essa questão é necessário lembrar que até então cada banco ou cooperativa de crédito, por exemplo, possuíam os dados somente dos seus clientes, seus históricos de operações, e assim, podiam oferecer serviços personalizados para cada um deles. Por ser um sistema fechado, não raro um cliente com excelente histórico de crédito em uma instituição financeira não conseguia melhores condições em outras. Isto porque, o outro banco não conhecia o histórico de bom pagador, por exemplo, deste cliente.
E é exatamente aqui que entra um dos principais benefícios do Open Banking. Você enquanto cliente do banco “A”, por exemplo, poderá compartilhar seus dados e histórico com o Banco “B”, no qual ainda não é cliente. E assim, pleitear melhores produtos ou até mesmo condições de crédito, por exemplo. Será possível inclusive, por meio do Internet Banking do Banco “A”, por exemplo, consultar seu saldo e extrato do Banco “B”.
Ou como escrevi acima, o cliente passa a ser o dono dos seus dados, e não mais o banco no qual é cliente.
Como vai funcionar
O Banco Central do Brasil definiu as principais regra para o Open Banking. Sendo entre eles: o escopo de dados a serem compartilhados, participantes e suas responsabilidades, e diretrizes de experiência do cliente. E para que isso ocorra foi criada uma estrutura de governança com as entidades de classes mais representativas. Incluindo bancos, cooperativas de crédito e fintechs. É essa estrutura a responsável por decidir e propor ao BC as questões necessárias e padrões técnicos para a implementação do Open Banking. Veja mais em: https://openbankingbrasil.org.br/.
E quanto ao compartilhamento, será o próprio cliente que irá solicitar e autorizar.
Quando inicia?
Na verdade o Open Banking já iniciou.
A fase 1 teve início em 1º de Fevereiro de 2021 e correspondia ao compartilhamento de dados das próprias instituições financeiras.
A fase 2 , com início em 15 de Julho de 2021, é a de compartilhamento (com consentimento) dos dados dos próprios clientes.
Já a fase 3, iniciada em 30 de Agosto de 2021, é a que autoriza o compartilhamento do serviço de iniciação de transação de pagamento. Ou seja, o cliente poderá autorizar instituições financeiras a iniciar pagamentos em seu nome, e até mesmo a correspondentes bancários a enviar propostas de crédito para a sua instituição de preferência.
Por fim, a fase 4, prevista para iniciar em 25 de Dezembro de 2021, outros produtos financeiros serão integrados ao Open Banking. Como Operações de câmbio, investimentos, seguros e previdência privada.
E não para por aqui. Em constante evolução outros serviços e instituições poderão ser incluídos no escopo futuramente.
Onde já existe o Open Banking
A propósito, o Reino Unido foi o primeiro país a adotar o sistema. Mas lá adesão não foi muito alta. Segundo dados menos de 500 mil dos mais de 66 milhões de habitantes aderiram ao sistema. Isto é, somente 0,8%. Já na Coreia do Sul, mais de 20 milhões (40%) passaram a compartilhar seu dados financeiros.
Em princípio ainda é cedo para apostar em que extremo o Brasil estará. Mas certamente muitos correntistas deverão aderir ao sistema e passar a compartilhar seus dados com os outros bancos.
E então, você pretende fazê-lo ou não?
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