
Grok, a IA do X (antigo Twitter)
19 de fevereiro de 2025
Nas últimas semanas, tornou-se corriqueiro se deparar com notícias que tratam do controle que o estado deseja exercer sobre o cidadão. Uma dessas iniciativas, segundo alguns críticos, é o DREX. Mas você sabe o que é o DREX?
O DREX é o nome oficial do Real Digital, a moeda digital brasileira desenvolvida pelo Banco Central. Diferentemente de criptomoedas como o Bitcoin, que são descentralizadas e privadas, o DREX será emitido e gerido diretamente pelo Banco Central, garantindo paridade de valor com o real físico. A ideia é modernizar o sistema financeiro, promovendo mais eficiência e inclusão digital.
Mas essa inovação também levanta muitas questões sobre privacidade, liberdade financeira e o futuro do dinheiro físico no Brasil.
Um pouco de história: como chegamos até aqui
O projeto do Real Digital foi anunciado em 2020, dentro de um movimento global que busca criar moedas digitais emitidas por bancos centrais, conhecidas como CBDCs (Central Bank Digital Currencies). Países como China, Suécia e Estados Unidos também estão em estágios diferentes de desenvolvimento de suas próprias moedas digitais.
No Brasil, o Banco Central iniciou os testes com o DREX em 2023, focando em aplicações empresariais e transações de maior escala. A previsão é que o DREX esteja plenamente disponível até no decorrer de 2025, quando começará a ser integrado gradualmente ao cotidiano da população.
Dinheiro físico vai acabar?
Oficialmente, o Banco Central afirma que o DREX não foi criado para substituir o dinheiro físico, mas para complementá-lo. No entanto, olhando para o contexto global, a tendência é clara: o uso do papel-moeda vem diminuindo drasticamente em muitos países. Apesar das promessas, é difícil garantir que o dinheiro físico permanecerá em circulação no longo prazo, especialmente se o Real Digital provar ser eficiente, seguro e amplamente aceito.
Na prática, um sistema totalmente digital pode simplificar transações, mas também centralizar o controle financeiro nas mãos de instituições governamentais, o que preocupa alguns críticos.
Controle e privacidade: riscos reais ou exagero?
Uma das características mais debatidas sobre o DREX é sua capacidade de rastreamento e controle. Por ser baseado em blockchain, todas as transações realizadas com o DREX serão registradas de forma imutável, auditável e acessível ao Banco Central. O argumento oficial para isso é que o rastreamento ajudará a combater crimes financeiros, como lavagem de dinheiro e corrupção.
No entanto, essa rastreabilidade levanta preocupações legítimas. Críticos apontam que um sistema tão centralizado pode abrir espaço para restrições impostas pelo governo ou outros órgãos reguladores. Por exemplo, teoricamente, poderia haver limitações sobre o que uma pessoa pode ou não comprar com seu dinheiro digital. Esse tipo de controle já foi debatido em outros países que testam suas próprias moedas digitais, com cenários hipotéticos em que o governo determina quais bens e serviços podem ser adquiridos.
O DREX tem potencial para trazer benefícios significativos, como inclusão financeira, maior eficiência e combate ao crime. No entanto, ele também abre um precedente para debates sobre privacidade e liberdade financeira. Embora o Banco Central assegure que a privacidade dos cidadãos será preservada, o futuro do dinheiro no Brasil ainda dependerá de como essas promessas serão cumpridas na prática.
E você, como se sente sobre o DREX? Uma inovação necessária ou mais um passo rumo ao controle excessivo?