Um novo cabo submarino de internet, um dos maiores do mundo de propriedade do Google, ligará o Leste dos Estados Unidos à America Latina. Las Toninas na Argentina, Punta del Este no Uruguai e Praia Grande em São Paulo, serão os pontos de interligação no hemisfério sul. Já nos Estados Unidos a Google ainda não definiu onde será o ponto de chegada. 

O novo cabo submarino do Google será o Firmina e contará com 12 pares de fibra óptica. Sua fabricação já iniciou em Newington, New Hampshire. Deverá ser instalado durante 2022 e entrará em operação em 2023.

O nome é em homenagem a brasileira Maria Firmina dos Reis (1825 – 1917), conhecida como a primeira romancista brasileira. Autora abolicionista que escreveu sobre a vida dos escravos afro-brasileiros. Um dos seus romances foi o Úrsula de 1859. Gupeva de 1861 e o Conto “A escrava“, de 1887 e o “Hino da libertação dos escravos” de 1888 são outras de suas obras. Conheça suas obras em: https://amzn.to/3wvue1R

Outra característica do cabo submarino Firmina é que ele será o maior do mundo com capacidade de trabalhar mesmo se somente uma das suas pontas tiver energizada. 

Além de entregar mais velocidade para o tráfego de dados pela internet, também proporcionará menor latência para os produtos do próprio Google. Sejam elas como Gmail, YouTube além de outros serviços do Google Cloud. 

Outros Cabos do Google 

Embora não tenha sido divulgado qual será a velocidade de transmissão de dados dos 12 pares de fibra óptica do cabo, espera que seja muito alta. Pois, o cabo mais recente do Google lançado em 2019, o Tannat ,chega a 90 Tb/s com apenas 6 pares de fibra óptica. O Tannat conecta Santos (SP) a Maldonado no Uruguai e Las Tonina na Argentina. E outro cabo com 16 pares de fibra óptica, o Grace Hopper que ligará os Estados Unidos ao Reino Unido em 2022, terá capacidade para 250 Tb/s. Essa velocidade é cerca de 250.000 vezes mais rápida do que a banda larga gigabit usada em fibra óptica, e cerca de 2.500.000 vezes mais rápido do que uma conexão doméstica típica de 100 Mb/s.

Outros dois cabos foram instalados  ainda em 2018. O Monet que liga Boca Ratón na Flórida (USA) até Fortaleza (CE) e Santos (SP), e  o Junior que faz uma ponta de Santos (SP) até o Rio de Janeiro (RJ). Uma curiosidade. O cabo Junior foi tecnicamente o primeiro cabo privado de propriedade do Google, mas é um cabo doméstico. 

Fonte: Google / Divulgação

Além desses cabos que ligam o Brasil, Uruguai e Argentina aos Estados Unidos, o Google já conta com 16. Além de outros em consórcio com outras empresas de tecnologia. 

Fonte: Google / Divulgação

Investimento Google em Cabo Submarino

O Google certamente é maior proprietário e investidor em redes de cabos submarinos em todo planeta. Só entre 2016 a 2018 foram destinados mais de US$47 bilhões para melhorar a infraestrutura do Google Cloud. Na ocasião com 134 pontos (PoP) e 14 cabos submarinos. Hoje muito mais. 

1. De acordo com o Google, Firmina é seu 16º cabo submarino.

2. O  cabo HK-G foi retirado devido à licença da FCC .

3. O Google não anunciou oficialmente o investimento no cabo Blue-Raman.

E este investimento todo se justifica diante da nova realidade da humanidade. Especialmente reforçada pela imposição à força de uma nova forma de trabalhar, estudar, se divertir, e até mesmo “viajar virtualmente”. Tudo isso em decorrência da pandemia que assola todos os países do planeja há mais de 1 ano. 

Segundo o próprio Google, cerca de 98% dos dados internacionais trafegam em cabos submarinos espalhados no fundo dos mares e oceanos. E para justificar mais esse investimento, também informou que seu serviço de videoconferência, o Google Meet, aumentou em 25 vezes durante o auge da pandemia. 

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Leia mais:

https://cloud.google.com/blog/products/infrastructure/announcing-the-firmina-subsea-cable

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