Fake News – Não entre nessa
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4 de julho de 2019Você se considera um viciado em mídias sociais? Não?! Tem certeza?
Vamos fazer um teste: entre no menu de ajuste do seu celular e encontre a opção “tempo de uso”, e então, confira qual foi o tempo médio de uso do aparelho no dia de hoje, qual foi a média nos últimos 7 dias, e especialmente quais foram os principais aplicativos utilizados e por quanto tempo. Aposto que a maioria dos nossos leitores irão se surpreender com o tempo dedicado para os aplicativos de mídias sociais e mensageiros instantâneos.
O problema não está nos aplicativos e nem no uso deles, e sim, no exagero e abuso no uso sem fins claros de trabalho e de produtividade. Assim como ocorre com os mensageiros instantâneos, milhões de pessoas passam o dia inteiro consultando e interagindo nos seus perfis do Facebook, Instagram, Twitter, Pinterest, Snapchat, entre outros, apenas como um agente passivo interessado em saber o que os “outros” estão fazendo, para onde estão viajando, para saber o que estão vestindo e comendo. Reflita: quais os reais benefícios você tem em seguir uma “personalidade global”? Você sabia que provavelmente ela recebeu muito dinheiro para aparecer com aquela roupa, e que isso tem o propósito de te convencer em comprar um conjunto igual?
Antes que você pense em sair de todas as redes e desinstalar todos os APPs, é importante dizer que estas ferramentas se bem utilizadas são muito importantes para manter pessoas distantes conectadas, agendar eventos e fazer convites para desconhecidos, além de ajudar a promover a marca do seu negócio e até mesmo para que você possa compartilhar com o “mundo” suas conquistas e bons momentos (mas com moderação).
Quanto a considerar um vício, são vários os sintomas que podem indicar esta tendência, das quais podemos citar alguns como:
- Acessa seus aplicativos a todo instante, antes mesmo de levantar pela manhã e antes de adormecer a noite;
- Habilita todas as notificações possíveis para não perder nada;
- Fica desesperado quando está em algum ambiente sem internet;
- Escreve textão para tudo que acontece;
- Criou um perfil até para seu “pet”;
- Fica ansioso sempre que alguém demora em responder um novo convite;
- Anuncia para todos que você está fazendo, com quem está, qual seu almoço, e acreditem! Alguns chegam ao extremo de compartilhar até intimidades.
Talvez você não tenha se identificado como um viciado, mas certamente faz parte dos mais de 60% e Brasileiros que acessam regularmente algum aplicativo deste gênero, seja para fins pessoais ou profissionais. Estima-se que no planeta mais de 4 bilhões de habitantes tenham acesso à internet, e que destes 3,1 bilhões (42%) sejam usuários ativos de redes sociais online, sendo que pelo menos 2,9 bilhões o fazem a partir de dispositivos móveis, especialmente smartphones.
Assim, o uso e interação frequente com seus “amigos” e “seguidores” faz parte deste novo momento da humanidade, em que o virtual e o físico se misturam e se confundem com muita frequência, mas tome cuidado para não se expor demais (crimes já foram cometidos com base em informações encontradas no facebook), nem comprar brigas que não são suas, só por se achar protegido atrás de uma tela. Lembre-se, não existe anonimato total na rede, e tudo que você escrever ficará registrado para “sempre”, e como já escrevemos, tanto governos quanto empresas atualmente têm como prática pesquisar novos candidatos a empregos e imigração.
Por fim, que tal fazer um teste e mudar um pouco o conteúdo do seu feed?
Então deixe de seguir “personalidades” e comece a seguir “artistas”, deixe de seguir “humor barato” e comece a seguir “museus”. Veja algumas dicas legais: @museelouvre, @natgeo, @natgeotravel, @scribacafe.
E o mais importante, nosso tempo é limitado! Então não podemos deixar que este “vício” impacte negativamente no nosso dia-a-dia, principalmente roubando espaço de nosso dia que deveria ser dedicado para o aprendizado de coisas novas, seja na educação formal ou informal.
Ah! Não esqueça, perfil pessoal e perfil profissional são duas coisas diferentes, não os misture.
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