Mapa do Trabalho Industrial
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24 de outubro de 2019
Na última semana o tema desta coluna foi o Mapa do Trabalho, na qual mais uma vez trouxemos alguns números que mostram o grande dilema que estamos vivendo no Brasil quanto o assunto é empregabilidade. Se por um lado há milhares de pessoas buscando uma oportunidade, de outro já milhares de vagas não preenchidas por falta de profissionais com as qualificações necessárias, de tal modo que o próprio estudo divulgado estima que serão necessários qualificar mais de 10,5 milhões de Brasileiros até 2023, a grande maioria destes já empregados hoje.
De uma forma ou outra, notícias com este cenário já são divulgadas há muito tempo, mas infelizmente percebo que a grande maioria ainda não conseguiu enxergar a grande lição que devemos aprender que é mantermos nossas “hard skills” e “soft skills” sempre atualizadas, como se fosse uma caixa de ferramenta sempre com as “chaves” mais novas existentes no mercado, as quais são do tamanho ideal para abrir as novas portas.
Mas afinal, o que são essas tais “skills”?
As “hard skills” podem ser definidas como as habilidades técnicas adquiridas em estudos formais, sejam eles em cursos técnicos ou faculdade, tais como conhecimentos em cálculos matemáticos, em legislações específicas, ou mesmo habilidade manuais em determinadas tarefas. Já as “soft skills” são competências subjetivas muito mais difíceis de avaliar, pois são comportamentais e interpessoais, tais como atitudes, ética, comunicação, flexibilidade entre outras.
Num primeiro olhar parece que isso é fácil, principalmente no que tange as competências técnicas, não é? Mas não verdade não é bem assim.
Vejam que no início do século XX um engenheiro de materiais, por exemplo, passava cinco anos na faculdade estudando “tudo” sobre “todos” os materiais existentes até então, e então teria a certeza de que já tinha aprendido tudo que necessitaria para o resto de sua vida profissional, pois poucos desenvolvimentos novos eram divulgados a cada década.
Só que agora no século XXI esta realidade mudou completamente, basta analisar que muitas das profissões existentes hoje, principalmente nas áreas tecnológicas, não existiam há 10 anos, e ainda, que aproximadamente 65% das crianças que estão ingressando no ensino fundamental irão exercer profissões que ainda não foram criadas, segundo estudos do Fórum Econômico Mundial.
Assim, como a cada dia novas habilidades são requeridas e novas tecnologias são desenvolvidas, temos que ter a iniciativa e a persistência em tornarmos eternos “aprendedores”, e colocar os estudos, sejam eles formais ou informais, como um hábito diário.
Acontece que algumas pessoas acreditam que as escolas são como postos de combustíveis, onde basta “encostar por alguns anos” e se abastecer de conteúdos, e então estarão prontos para a jornada da vida. Mas este tempo já acabou! Hoje nossas competências são como nossos SmartPhontes multifuncionais, muitos “inteligentes”, mas que devem ser “carregados” diariamente.
Pais / Educadores: Trabalhem com sus filhos e alunos para conscientizá-los que o mais importante não é decorar para a prova, e muito menos “perder” 3 anos de suas vidas decorando fórmulas e conceitos para passar no vestibular / ENEM, mas sim, aprenderem a aprender, aprenderem a serem cidadãos desta maravilhosa nação que ainda vive “sequestrada” por alguns poucos mandatários.
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