O risco da curadoria de conteúdo por algoritmos
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17 de outubro de 2019O final do ano se aproxima e com ele sempre vem as reflexões do que fizemos neste último ciclo e claro, as promessas e metas para o próximo que se iniciará. E quando tratamos de formação não é diferente, e as meta mais almejadas são fazer um novo curso “XYZ” e certamente a mais repetida: “Aprender um novo idioma”.
No que tange em ingressar em um novo curso regular, seja ele Curso Técnico ou Graduação, é agora em outubro que a matrículas são abertas e o momento em que temos que tomar a decisão do que fazer, onde fazer, o muitas vezes a pergunta mais negligenciada: “O porque fazer este curso nesta modalidade”?
Como escrevemos há duas semanas na coluna “Será que precisamos de mais Graduados?” de 26 de setembro de 2019, historicamente o Brasileiro vê a graduação como a principal opção para sua formação, tanto que o número de matrículas no ensino superior é de aproximadamente 8,45 milhões enquanto na modalidade de cursos técnico é de aproximadamente 1,8 milhões, e isso não seria nenhum problema se as vagas de nível técnico existentes já tivessem completamente preenchidas. Acontece que enquanto há um grande número de graduados desempregados, também há uma grande quantidade de vagas abertas e não preenchidas por falta de profissionais qualificados.
Nos últimos dias um novo estudo foi publicado reafirmando esta condição, trata-se do “Mapa do Trabalho Industrial” elaborado Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) para guiar a oferta de cursos de formação de base industrial. A nível Brasil estima-se que até 2023 será necessário qualificar cerca de 10,5 milhões de trabalhadores em ocupações industriais, e em Santa Catarina mais, 785 mil trabalhadores.
Outro dado que corrobora com o que já escrevemos, é que a maior demanda por qualificação é para trabalhadores que já estão empregados, e somente uma pequena parcela de aproximadamente 28% em Santa Catarina para aqueles que precisam de uma capacitação para ingressar no mercado de trabalho formal.
Dentre as modalidades de formação mais necessárias são aquelas ligadas ao aperfeiçoamento, ou seja, formação continuada, e também de cursos técnicos e superiores. Já em relação formação técnica as áreas com maior defasagem de profissionais para a indústria de Santa Catarina são as de base tecnológica que sejam transversais, além de metalmecânica, informática, energia e telecomunicações e eletroeletrônica.
O mesmo estudo aponta ainda que os maiores crescimentos serão as ocupações de base tecnológica, além dos condutores de processos robotizados, pesquisadores de engenharia e tecnologia (aumento de 17,9%); engenheiros de controle e automação, engenheiros mecatrônicos e afins (14,2%); diretores de serviços de informática (13,8%); operadores de máquinas de usinagem CNC (13,6%), dentre outros.
Ou seja, não importa se você é um egresso do ensino médio, um trabalhador já empregado, ou que está procurando uma nova recolocação, o importante é fazer as escolhas certas e se manter atualizado para o atual e para o novo mercado de trabalho, e para isso, já defendi em outras ocasiões e volto a reafirmar: considere iniciar uma nova carreira cursando um Curso Técnico, que é mais rápido e focado, e que o permitirá ingressar no mercado de trabalho, caso ainda não esteja trabalhando. No campo das engenharias, considera as da área de controle e automação, pois estas serão as áreas com maior demanda por funcionários, não só no “futuro” mas também hoje.
Pais / Educadores: Certamente vocês se deparam diariamente com jovens que demonstram suas dúvidas em relação a que profissão seguir e consequentemente o que estudar. Nestes casos, ao invés de sugerir cursos “genéricos” de graduação, que tal ajuda-los a escolher uma formação técnica inicial? A qual irá coloca-los no mercado de trabalho, para depois sim, eles com mais maturidade e conhecendo mais sobre a área que está atuando poderá escolher uma faculdade com maior assertividade.
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